terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma aula sobre o outro de si mesmo.

Eu falo muito sobre o amor nos tópicos.
Falo do passado, no presente, mirando no futuro.
Amo sem o objeto e mesmo relutando-o amo-o como a um oposto.
Sou apaixonado por um reflexo, pelo meu contrário.
Onde em mim reside a doçura, lá reflete a rispidez.
Onde respiro cultura, lá exala a ignorância.
E neste devaneio continuo a me perguntar: por quê?
Seria um karma? Um desafio ou um castigo?
Canso de teorizar e sempre preciso de respostas.
Elas me faltam na razão porque este amor é insano e improvável.
Penso que  somos como Yang e Ying: complementos que unidos devem aprender a harmonia da coexistência.
Formando um círculo perfeito, um contendo pelo menos uma faísca do outro.



Princípios complementares

Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbriodinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:
  • Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.
  • Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino
Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.
Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade são, não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenoménico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.
Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como negativo apenas indica que ele é negativo quando comparado com Yin, que será positivo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a protons e electrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.
O diagrama do Taiji simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. (Preto) e (branco) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.
A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Taiji expressa esse conceito: o Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin.
Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados não apenas pelo claro e pelo escuro, mas, igualmente pelo masculino e pelo feminino, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo.
O Yang,o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde à terra, ao receptivo, feminino e à Lua. O céu está acima e esta cheio de movimento. A terra - na antiga concepção geocêntrica - está em baixo e em repouso. Dessa forma, yin passou a simbolizar o repouso e yang, o movimento. No reino do pensamento, yin é a mente intuitiva, feminina e complexa, ao passo que yang é o intelecto masculino,racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, yang a vigorosa ação criativa do rei.

O Hotu representa a geração do Tai Chi a partir do vazio
Esse diagrama apresenta uma disposição simetrica do yin sombrio e do yang claro . A simetria, contudo não é estática. É uma simetria rotacional que sugere,de forma eloquente, um continuo movimento cíclico. Os dois pontos do diagrama simbolizam a idéia de que toda vez que cada uma das forças atinge seu ponto extremo, manifesta dentro de si a semente de seu oposto

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